Tinha sido um dia de "muito Paris" mercados e feiras, lojas de tecidos até á exaustão, escadas e calor, pintores e turistas....muitos turistas.
Por isso quando finalmente voltámos para o carro não foi dificil perceber que nos tinhamos perdido e que tinhamos de andar muitos mais "kilómetros" do que aqueles que estávamos a contar.
Mas tudo bem, Paris é Paris e até cansada consigo achar graça continuar a andar!
Só não estáva a contar com "aquilo"...

Foi numa rua que descia da Sacré Couer para o resto do bairro de Montparnasse, uma rua normal, com mercearia e cabeleireiro Afro, e "isto"...

Nem sei porque parei na montra, talvez porque no meio de toda aquela rua feia e sem nada de especial aquelas montras tapadas com uns lençois fosse o cumulo da desorganização, ou terá sido o ambiente interior que mais parecia o de uma igreja?

O espaço não tinha nada de especial, gavetas e largas mesas de madeira onde se estendia musseline roxa que estáva a ser cortada em tiras tão finas que mais parecia uma cirurgia plástica, mas o ambiente, o silêncio era como se fosse verdadeiramente uma igreja, não resisti e assumi o meu nariz já porta dentro, não perguntaram nada, só um "bonjour", porque a musseline não podia esperar.
E eu fiquei ali, sem perguntar nada, adivinhando o que depois, já em casa tive opotunidade de confirmar

Ali, no
atelier jean Pierre Ollier fazia-se alta custura, "daquela", da verdadeira, da que não está pendurada nas lojas, nem faz montras, porque é realmente exclusiva.

Vão ao site e fiquem de boca aberta, como eu.
Ainda há surpresas em Paris.
beijos.sara.
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