Vocês sabem, já não é novidade que para mim as viagens começam muito tempo antes de partir, tenho que saber tudo acerca do que vou ver e principalmente saber o que há para ver.
Se me perguntarem se gostei dos "Girassois" de Van Gogh ou dos "Nenufares" de Claude Monet, não sei, já não me lembro da minha visita ao Louvre, mas sei de que côr são os campos ao redor da cidade de Arles onde na primavera há uma luz tão bonita, e lembro-me perfeitamente de ter delirado quando o R. me levou a Giverny
Por isso muitas vezes as nossas histórias e fotos de viagem são estranhas para os outros, habituados a resorts e caipirinhas.
Desta vez tinhamos tudo planeado e umas horas destinadas à passagem por um lugar estranho:
A ilha de Noirmoutier.
Para quem não conhece é lá que existe uma das melhores frotas pesqueiras de marisco (onde há pesca há petisco), e ostras, muitas e fabulosas ostras...
é de lá também que vem uma das melhores e mais puras "flor de sal" e as mais raras e saborosas batatas do mundo, com data marcada de plantação e apanha, fertilizante de algas e sabor a nozes...Tudo isto nos parecia razão mais que suficiente para ir passear e jantar à Ilha de Noirmoutier, mas depois de quilometros de desvio e já a salivar eis que...
tarde de mais... as marés nesta zona são radicais e o acesso faz-se por uma estrada que se cobre de água duas vezes por dia. Só nos restou a foto.
Claro que podiamos ter feito mais uns kilometros de desvio e ter chegado à ilha pela ponte, mas não teria o mesmo encanto... temos de lá ir novamente desta vez com um calendário de marés de preferencia...
beijos.sara.
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